Alagoas tem a segunda menor média salarial do país, com remuneração média de R$ 2.262,62, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (24).
De acordo com as informações, que constam nas Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), os menores salários do Brasil foram observados na Paraíba (R$ 2.185,88), no Ceará (R$ 2.275,63) e em Alagoas (R$ 2.262,62).
Já o Distrito Federal e o Amapá se destacaram com os maiores salários: o DF com remuneração média mensal de R$ 5.241,72 e o Amapá de R$ 3.650,25. Em seguida, Rio de Janeiro (R$ 3.486,69) e São Paulo (R$ 3.345,07), que concentram mais de um terço de todo o pessoal assalariado do país.
Os maiores salários médios mensais em Alagoas no ano de 2019 estavam nos segmentos de Eletricidade e gás (R$ 7.057,60), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 5.477,27) e Indústrias Extrativas (R$ 4.198,08). Essas três atividades, porém, ocupam uma parcela muito pequena da população (1,7% dos assalariados do estado).
O número de unidades locais de empresas e outras organizações ativas em Alagoas saiu de 40.676 em 2018 para 42.188 em 2019 (alta de 3,7%). Também houve aumento no pessoal ocupado total (0,9%), tanto do pessoal ocupado assalariado (0,9%) como dos sócios e proprietários (1,1%). Por outro lado, houve queda de 2,1% no salário médio mensal, passando de R$ 2.311,94 para R$ 2.262,62.
Nova metodologia
Essas informações integram as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2019, que, pela primeira vez, avaliou o comércio exterior. Esta edição, divulgada nessa quinta-feira pelo IBGE, também sofreu uma alteração na metodologia que define organizações ativas, em razão do novo sistema de registro adotado pelo governo.
“O governo federal, instituiu um novo sistema de registros administrativos para escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, o chamado eSocial, que está substituindo gradativamente a RAIS e o CAGED. Em 2019, algumas das informações que existem na RAIS deixaram de existir no eSocial e, com isso, o IBGE precisou ajustar o critério de seleção de organizações ativas das Estatísticas do CEMPRE, o que demanda uma maior cautela ao analisar os números”, explica o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira.
Dentre as perguntas que deixaram de constar no questionário está a que identifica se o estabelecimento declarou ter exercido ou não suas atividades naquele ano. Assim, é possível que algumas empresas estejam formalmente ativas, mas que, na prática, não estejam operando.
“Isso pode estar relacionado à alta incomum no número de organizações ativas que se deu, principalmente, nas empresas sem pessoal ocupado: 35,8%. Já entre as empresas com pelo menos uma pessoa ocupada e onde, na prática, estão a grande maioria das entidades e toda mão de obra, a alta foi de 3,4%”, ressalta Ferreira.
O estudo mostra que houve crescimento no número de empresas ativas no Brasil em 2019, bem como de pessoal ocupado assalariado, cujo saldo positivo foi de 758,6 mil pessoas (1,7%). As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram, frente a 2018, os maiores ganhos relativos em pessoal ocupado assalariado. Com destaque para Santa Catarina, que cresceu 3,9% nesse quesito, e Mato Grosso que cresceu 3,4%. Em seguida, o Distrito Federal e o Mato Grosso do Sul, que cresceram 2,8 e 2,7%. Por outro lado, as maiores quedas foram observadas no Norte, com reduções de 4,4% de assalariados no Amapá e de 3,0% no Tocantins.
Fonte: CM