Diante da situação atual da pandemia do novo coronavirus, prefeitos e governadores brasileiros lançaram decretos autorizando o fechamento de vários segmentos empresariais e o controle do número de frequentadores em outros com o objetivo de enfraquecer o pico da pandemia. A preocupação maior das autoridades está voltada para as grandes metrópoles, onde o tráfego de pessoas é frequente de dia à noite.
Na tentativa de evitar a proliferação da doença, as principais fontes de renda de Maragogi estão de portas fechadas: hotéis, pousadas, bares, restaurantes, conveniências etc. Estes seguimentos são geradores de emprego direto, e, mesmo em férias coletivas, os funcionários irão receber seus vencimentos, o que garante sua sobrevivência no momento da crise. Por outro lado, centenas de trabalhadores informais que tiram seus sustentos todos os dias à beira-mar pela venda de artesanatos, bugigangas e até crustáceos estão ameaçados de passarem necessidades, pois sua principal fonte de renda está 100% parada. Ainda assim, não parece haver grandes preocupações com a classe da política local.
Até o momento, entrando na segunda semana sem que os trabalhadores informais tenham o direito de oferecer seus serviços, a prefeitura de Maragogi não se manifestou para tentar controlar esse impacto. Famílias inteiras serão obrigadas agora a colocar em recesso também suas barrigas, ao mesmo tempo em que devem manter a quarentena para não correrem risco de serem contaminadas. Atualmente, a única ação do governo municipal de que se tem notícia, advinda do secretário de assistência social, foi a de usar o poder de polícia para intimidar um grupo de homens “condenados pelo vício” como forma de autoritarismo e de aparecer bem no vídeo.
Diante dos fatos e do descaso para com o povo carente, se o recesso continuar após o dia 08 de abril, a única solução para Maragogi serão campanhas comunitárias que não deixem famílias passarem fome.
Já a prefeita de Barra de Santo Antônio, Emanuella Moura, informou a imprensa que estará decretando redução em 50% do seu salário e em 20% os salários dos secretários, procuradoria geral do município e diretores de órgãos. De acordo com a prefeita, os valores contidos serão direcionados para a saúde pública e atendimento social durante a pandemia do coronavírus.